História da Microsoft

 

Foto de Sunrise King na Unsplash

1. Fundação e Primeiros Anos

A Microsoft foi fundada em 4 de abril de 1975 por Bill Gates e Paul Allen na cidade de Albuquerque, Novo México​. O contexto da fundação foi a emergência dos microcomputadores pessoais: Allen viu, em 1974, a revista Popular Electronics destacando o Altair 8800 – um dos primeiros microcomputadores – e teve a ideia de criar um interpretador da linguagem BASIC para esse novo computador​. Sem sequer possuir um Altair na época, Gates e Allen desenvolveram a primeira versão do Altair BASIC em poucas semanas e conseguiram demonstrá-la com sucesso para a empresa MITS, fabricante do Altair, que concordou em distribuí-la​. Com esse primeiro contrato, os dois amigos largaram seus compromissos (Allen saiu do emprego e Gates trancou a faculdade em Harvard) e fundaram a “Micro-Soft”, nome original da empresa – um híbrido de microcomputer e software​. No fim de 1976, a jovem empresa já faturava cerca de US$16 mil​, e em 1979 mudou-se do Novo México para Bellevue, Washington, em busca de expandir a equipe com talentos da área​. Nos primeiros anos, a Microsoft dedicou-se principalmente a interpretadores BASIC para diversos sistemas pessoais. O Microsoft BASIC tornou-se o linguagem dominante nos microcomputadores do final dos anos 1970 e início dos 80, sendo licenciado para máquinas como o Apple II (Applesoft BASIC) e o Commodore 64 (Commodore BASIC), além de vir embutido no IBM PC original como Cassette BASIC​. Esse sucesso inicial pavimentou o caminho para novas oportunidades. 

A foto acima, de 1981, mostra Gates (direita) e Allen (esquerda) cercados por computadores pessoais da época

Em 1980, a Microsoft fez uma parceria crucial com a IBM: a gigante do hardware buscava um sistema operacional para seu primeiro PC. Gates negociou fornecer à IBM uma versão do CP/M, mas diante de entraves, a Microsoft acabou comprando de terceiros um CP/M clone chamado QDOS (renomeado MS-DOS) por menos de US$100 mil. Assim, quando o IBM PC foi lançado em 1981, a Microsoft forneceu tanto a linguagem BASIC quanto o sistema PC-DOS/MS-DOS, recebendo royalties por cada unidade vendida​. Esse contrato foi um ponto de virada: com o IBM PC se popularizando (e sendo rapidamente imitado por outros fabricantes), o MS-DOS tornou-se o padrão de fato para computadores pessoais. Em poucos anos, milhões de PCs executavam o MS-DOS, alçando a Microsoft ao patamar de principal fornecedora de software para microcomputadores​.

Apesar do crescimento, a empresa enfrentou alguns desafios iniciais. Um deles foi a pirataria de software: em 1976, Gates chegou a escrever uma carta aberta criticando hobbyistas que compartilhavam software sem pagar, alertando que isso ameaçava a viabilidade do negócio de programas de computador. Outro desafio foi a saída de Paul Allen da operação diária em 1983, após diagnóstico de linfoma de Hodgkin (embora ele tenha permanecido como membro do conselho)​. Além disso, ao licenciar seu DOS para diversos fabricantes (os clones do IBM PC), a Microsoft precisou equilibrar o relacionamento com a IBM e, ao mesmo tempo, competir nos novos mercados que ela própria ajudara a criar. Ainda assim, graças à visão de Gates e Allen de “um computador em cada mesa e em cada casa”, nos primeiros anos a Microsoft estabeleceu as bases para se tornar uma potência da indústria de tecnologia, diversificando seus produtos e conquistando parcerias estratégicas.

2. Produtos Inovadores

Ao longo de sua história, a Microsoft lançou uma série de produtos inovadores que definiram rumos da tecnologia. Dentre eles destacam-se o sistema operacional MS-DOS, a família Windows, o pacote de aplicativos Office, a linha de consoles Xbox e a plataforma de nuvem Azure, entre outros. A seguir, resumimos a evolução desses produtos e seu impacto.

MS-DOS e o início dos PCs pessoais

O MS-DOS (Microsoft Disk Operating System) foi um dos primeiros carros-chefes da Microsoft. Lançado inicialmente em 1981 como software do IBM PC, ele se originou do QDOS adquirido pela Microsoft e rapidamente se tornou o sistema operacional padrão para computadores pessoais na década de 1980​. 

Captura de tela do MS-DOS 6.22 mostrando o prompt de comando e listagem de arquivos​

A Microsoft licenciou o MS-DOS não só para a IBM, mas para dezenas de fabricantes de PCs “clone”, o que lhe garantiu enorme penetração de mercado. Esse sistema, operado via linha de comando, era simples porém eficaz para as máquinas da época e abriu caminho para a compatibilidade de software entre diferentes marcas de computadores. O impacto do MS-DOS foi enorme: ele colocou a Microsoft no centro da revolução do PC e criou as bases para a transição futura aos ambientes gráficos. Já em 1984, a revista InfoWorld reconhecia a Microsoft como “a empresa mais influente da indústria de software para microcomputadores”, citando mais de 1 milhão de cópias de MS-DOS instaladas​. Esse domínio preparou o terreno para o próximo passo revolucionário da empresa: o Microsoft Windows.

Windows e a popularização da interface gráfica

O Microsoft Windows surgiu para oferecer uma interface gráfica ao usuário (GUI) sobre o ambiente do MS-DOS. A primeira versão comercial, o Windows 1.0, foi lançada em novembro de 1985 como um software complementar ao DOS, trazendo janelas, ícones e uso do mouse – conceitos inspirados em pioneiros como o Apple Macintosh. Embora as primeiras versões (Windows 1.x e 2.x) tenham tido adoção modesta, a Microsoft persistiu e, em 1990, lançou o Windows 3.0, que trouxe melhorias significativas de interface e desempenho, vendendo mais de 100 mil cópias em apenas duas semanas​. 

Bill Gates (à esquerda) e Jay Leno durante o evento de lançamento do Windows 95 em Redmond, 1995.

A década de 1990 consolidou o Windows como sinônimo de sistema operacional para PCs: o Windows 3.1 (1992) refinou a estabilidade e recursos como fontes TrueType; o Windows 95 (lançado em agosto de 1995) introduziu o famoso botão Iniciar e uma experiência amigável de multitarefa, vendendo 1 milhão de cópias em quatro dias. Já no final dos anos 90, versões como Windows 98 e Windows ME continuaram a expansão na base de usuários domésticos, enquanto o Windows NT e seus sucessores atendiam ao mercado corporativo com maior robustez. 

Em 2001, a Microsoft unificou suas linhas doméstica e profissional com o lançamento do Windows XP, reconhecido por sua interface renovada e grande estabilidade, sucedendo simultaneamente o Windows 95/98/ME e o NT/2000​. O Windows XP permaneceu extremamente popular por muitos anos. Embora o Windows Vista (2007) tenha recebido críticas por exigir hardware potente e problemas de desempenho​, a Microsoft rapidamente recuperou terreno com o Windows 7 (2009), que foi bem recebido por melhorar recursos e desempenho em relação ao Vista. Desde então, a empresa lançou o Windows 8 (2012, com interface otimizada para toque), Windows 10 (2015, unificando a plataforma em PCs, tablets e smartphones) e, mais recentemente, o Windows 11 (lançado em 2021) com design atualizado​. Cada versão do Windows ampliou recursos e conectividade, mantendo a Microsoft com mais de 90% de participação no mercado de sistemas operacionais de computadores pessoais em seu auge​. O Windows transformou a maneira como pessoas comuns interagem com computadores, popularizando interfaces gráficas e definindo padrões de usabilidade que perduram até hoje.

Microsoft Office e a revolução da produtividade

Outra linha de produtos marcante é o Microsoft Office, um conjunto de aplicativos de produtividade. A Microsoft já havia lançado individualmente programas como o editor de textos Word (sua primeira versão apareceu em 1983, inicialmente para DOS e depois para Macintosh​) e a planilha Excel (lançada em 1985 para Mac e em 1987 para Windows). 

Em 1989, a empresa reuniu suas principais ferramentas em um pacote integrado: o Microsoft Office 1.0 trazia Word, Excel e PowerPoint (este último adquirido pela Microsoft em 1987) num só produto. Essa estratégia de suite unificada se mostrou vencedora – ao longo dos anos 1990, o Office superou concorrentes como WordPerfect (processador de texto) e Lotus 1-2-3 (planilha), tornando-se o padrão mundial de software de escritório​. A integração entre aplicativos, a familiaridade da interface e a agressiva estratégia de atualização contínua garantiram ao Office uma fatia dominante do mercado, tanto em empresas quanto em uso doméstico​. Inovações como a interface de menus Ribbon (introduzida no Office 2007) e funcionalidades colaborativas na nuvem (com a evolução para o Office 365) mantiveram o pacote relevante. 

O impacto do Microsoft Office foi revolucionar a produtividade digital, substituindo em grande medida papel e caneta por documentos eletrônicos, planilhas e apresentações padrão no mundo todo. Até hoje, formatos como .docx, .xlsx e .pptx são onipresentes no ambiente profissional e educacional.

Xbox e a entrada no mercado de games

Em novembro de 2001, a Microsoft fez sua estreia no mercado de videogames com o lançamento do Xbox, seu primeiro console de games doméstico. Essa iniciativa representou uma diversificação significativa além do software tradicional, colocando a Microsoft em competição direta com empresas veteranas como Sony (PlayStation) e Nintendo​. 

Console Xbox (2001) com o controle “S” padronizado​

O Xbox original vendeu cerca de 24 milhões de unidades, ficando atrás do líder de sua geração (o PlayStation 2, com 155 milhões), mas conseguiu superar a Nintendo (GameCube, com 21 milhões)​. Em 2005, a Microsoft lançou o Xbox 360, seu segundo console, que obteve sucesso maior que o antecessor – vendeu aproximadamente 84 milhões de unidades até 2017, aproximando-se das vendas do rival PlayStation 3 (87 milhões)​. 

A marca Xbox consolidou-se com serviços inovadores como o Xbox Live (lançado em 2002), que popularizou o jogo online em consoles domésticos, criando uma comunidade global de jogadores conectados. Outra inovação de grande impacto foi o Kinect, um dispositivo de captura de movimentos lançado em 2010 como acessório do Xbox 360, que permitia jogar sem controle físico. O Kinect chegou a entrar para o Guinness como o eletrônico de consumo de venda mais rápida da história – 8 milhões de unidades nos primeiros 60 dias​. 

Com o tempo, a linha evoluiu para o Xbox One (2013) e a geração atual Xbox Series X|S (lançada em 2020)​. A entrada no setor de games não apenas gerou uma nova fonte de receita para a Microsoft, mas também impulsionou avanços em gráficos de computador, interação homem-máquina e serviços de entretenimento online. Hoje, o Xbox é uma das três principais plataformas de jogos do mundo, contribuindo para posicionar a Microsoft como um nome forte também no mercado de consumo e mídia digital.

Azure e a era da computação em nuvem

Na segunda metade dos anos 2000, a Microsoft expandiu-se para serviços de nuvem, antecipando a importância crescente do armazenamento e processamento remotos. Em outubro de 2008, a empresa apresentou em uma conferência de desenvolvedores seu projeto de nuvem chamado Red Dog, que se tornaria o Windows Azure​. 

O serviço foi lançado oficialmente em fevereiro de 2010​, inicialmente focado em fornecer plataforma como serviço (PaaS) para rodar aplicativos e armazenar dados nos datacenters da Microsoft. Posteriormente, em 2014, foi renomeado para Microsoft Azure, refletindo a amplitude de serviços além do Windows​. O Azure cresceu rapidamente para oferecer centenas de serviços de nuvem – desde máquinas virtuais, bancos de dados, inteligência artificial e Internet das Coisas – tornando-se um dos pilares do setor de computação em nuvem

Hoje, o Azure é um dos líderes globais de cloud computing, atendendo desde usuários individuais até grandes empresas e governos, e competindo principalmente com a Amazon Web Services (AWS) e a Google Cloud. A inovação trazida pelo Azure foi permitir que clientes aproveitassem a infraestrutura massiva da Microsoft sob demanda, em vez de depender de servidores próprios. 

Essa mudança de paradigma impulsionou a transformação digital de muitos negócios. Além do Azure, a Microsoft migrou vários de seus produtos tradicionais para modelos de serviço em nuvem, como o Microsoft 365 (anteriormente Office 365) – pacote de produtividade via assinatura online – e a plataforma Dynamics 365 para aplicações empresariais. 

A aposta na nuvem se revelou estratégica: em 2021, impulsionada pela demanda por serviços online durante a pandemia de COVID-19, a Microsoft atingiu valor de mercado próximo a US$2 trilhões, com forte crescimento de receitas em Azure e serviços de assinatura​. A computação em nuvem se tornou, assim, um componente central dos produtos Microsoft e essencial para seu futuro.

3. Impacto no Mercado

A Microsoft teve um impacto profundo no mercado de tecnologia e consumo, moldando padrões e influenciando gerações de produtos e usuários. Desde seus primórdios, a visão de “um computador pessoal em cada casa” guiou a empresa a tornar a informática acessível e ubíqua. Nos anos 1980, ao fornecer o sistema operacional para o IBM PC e compatíveis, a Microsoft padronizou a arquitetura dos PCs: desenvolvedores puderam criar softwares sabendo que a maioria dos clientes utilizaria MS-DOS, e posteriormente Windows, garantindo um ecossistema unificado. Isso acelerou a adoção de computadores pessoais tanto em empresas quanto por consumidores finais.

De fato, ao lançar várias versões do Windows nos anos 90, a Microsoft capturou mais de 90% do mercado mundial de PCs​, um domínio quase absoluto que não tinha precedentes na indústria. Com milhões de usuários rodando a mesma plataforma, a empresa influenciou o comportamento do consumidor – por exemplo, tornou comuns tarefas como editar textos digitalmente, navegar em interfaces gráficas e, mais tarde, acessar a internet pelo Internet Explorer. A consequência foi que termos como “PC” e “Windows” se tornaram virtualmente sinônimos para muitas pessoas, marcando o imaginário popular em relação à computação.

Ao longo das décadas, a Microsoft encarou diversos concorrentes importantes e adaptou sua estratégia para manter sua posição. Nos primórdios, a rival direta era a Apple, com seu Macintosh oferecendo uma alternativa integrada de hardware e software. Embora o Mac OS tenha formado um nicho fiel, o modelo de licenciamento amplo do MS-DOS/Windows prevaleceu comercialmente, levando inclusive a disputas judiciais (a Apple processou a Microsoft por suposta cópia da interface gráfica, caso encerrado em 1993 a favor da Microsoft)​. 

Nos anos 1990, com o sucesso esmagador do Windows e Office, surgiram preocupações de monopólio. A empresa foi acusada de usar seu poder de mercado para esmagar concorrentes – o exemplo mais famoso foi a “guerra dos navegadores”: ao perceber o crescimento da web, a Microsoft lançou o Internet Explorer em 1995 e o incorporou gratuitamente ao Windows, o que contribuiu para tirar a liderança do então popular Netscape Navigator​. 

Essa prática levou ao processo antitruste nos EUA (caso United States v. Microsoft) em que, em abril de 2000, um juiz determinou que a Microsoft havia atuado como um monopólio abusivo​. Embora a decisão inicial exigisse a divisão da companhia, ela foi revertida em recurso e resultou num acordo em 2001 com restrições menos drásticas. 

A Microsoft também enfrentou sanções internacionais: em 2004, a União Europeia multou a empresa em €497 milhões por condutas anticompetitivas e obrigou a Microsoft a disponibilizar versões do Windows sem o Windows Media Player, para não prejudicar concorrentes de mídia digital​. 

Esses casos demonstram o grau de influência de mercado que a Microsoft atingiu – suas decisões podiam redefinir setores inteiros, suscitando escrutínio de reguladores e mudanças de políticas na indústria (por exemplo, após os processos, a Microsoft adotou uma postura um pouco mais aberta em relação a interoperabilidade e documentação de software).

Cada inovação importante da Microsoft gerou respostas dos concorrentes e impactou a indústria em geral. Por exemplo, o domínio do Windows e Office motivou concorrentes a investirem em alternativas como o sistema Linux e a suíte OpenOffice/LibreOffice (no campo de código aberto) ou, mais tarde, o Google Docs baseado em nuvem. No segmento de navegadores, a hegemonia do Internet Explorer nos anos 2000 (chegando a mais de 90% de uso global em seu auge) foi desafiada pelo Mozilla Firefox e depois pelo Google Chrome, forçando a Microsoft a repensar sua estratégia (anos depois, ela reconstruiria seu navegador Edge sobre a base do Chromium de código aberto​). 

No mercado de consoles de videogame, a entrada do Xbox intensificou a competição com Sony e Nintendo, levando a inovações como jogo online robusto no console (Xbox Live) e reconhecimento de movimentos (Kinect), que por sua vez estimularam concorrentes a aprimorar seus serviços e hardware. 

Já no mercado de computação em nuvem, a Microsoft inicialmente ficou atrás da Amazon, pioneira com a AWS, mas investiu pesado para tornar o Azure um dos líderes do setor, contribuindo para a popularização do cloud computing híbrido em empresas tradicionais. Essa competição entre gigantes da nuvem tem acelerado a oferta de novas soluções (em IA, big data, etc.) e redução de custos para consumidores corporativos.

A posição da Microsoft no mercado ao longo dos anos oscilou entre momentos de supremacia e fases de ajuste estratégico. Nos anos 90, ela foi indiscutivelmente a empresa de tecnologia mais poderosa do mundo, atingindo valor de mercado recorde e praticamente ditando os rumos da informática pessoal. No início dos anos 2000, contudo, a Microsoft enfrentou uma mudança de paradigma: a ascensão da internet e de novos dispositivos (como os smartphones) deslocou o foco da indústria. 

Concorrentes emergentes como o Google (com seu motor de busca, e mais tarde o sistema Android e aplicações web) e a Apple pós-2000 (com iPod, iPhone e ecossistema iOS) passaram a liderar esses novos segmentos, onde a Microsoft demorou a entrar. Houve momentos em que a relevância da empresa pareceu ameaçada – por exemplo, seu esforço no mercado móvel com Windows Phone nunca passou de um dígito de participação de mercado (em 2016, a fatia da Microsoft em smartphones nos EUA era de apenas 2,7%​). No entanto, a Microsoft conseguiu se manter competitiva redirecionando seu foco para áreas de crescimento, como serviços de nuvem e software corporativo, e capitalizando sua enorme base instalada de clientes. 

A partir de meados da década de 2010, sob nova liderança, a empresa ressurgiu como uma das mais valiosas do mundo, desta vez ao lado de contemporâneas como Amazon, Apple, Alphabet (Google) e Meta (Facebook). Em janeiro de 2023, por exemplo, a Microsoft novamente alcançou brevemente o título de empresa de capital aberto mais valiosa globalmente​. Esse retorno ao topo mostra a capacidade da Microsoft de se reinventar e continuar influenciando o mercado de tecnologia em diversas frentes – dos PCs à nuvem, dos games à inteligência artificial.

Várias estratégias ajudaram a Microsoft a permanecer relevante e competitiva ao longo dessa trajetória. Uma delas foi a criação de um amplo ecossistema de parceiros e desenvolvedores: desde cedo, a Microsoft forneceu ferramentas (como o Visual Studio, plataformas .NET etc.) e documentações para que terceiros construíssem soluções sobre Windows, garantindo a fidelidade do mercado ao seu ambiente. 

A estratégia de licenciamento para OEMs (fabricantes de PCs) também foi crucial – ao invés de vender computadores, a Microsoft colocou seu software em máquinas de inúmeros fornecedores, do que resultou onipresença e economia de escala incomparável. Em termos de produto, a empresa adotou por vezes a tática de "embrace, extend, extinguish" (abraçar, estender e suplantar): identificava uma tendência ou tecnologia promissora de terceiros, lançava sua própria versão integrada aos seus produtos e usava seu poder de distribuição para superar os rivais (casos do Internet Explorer vs. Netscape, ou do MSN Messenger vs. ICQ, por exemplo). 

Embora controversa, essa abordagem ajudou a Microsoft a entrar em quase todos os setores de software para usuários finais. Além disso, a companhia mostrou capacidade de adaptação: depois de sofrer críticas e derrotas (por exemplo, o fracasso do Windows Vista, ou a perda do mercado mobile para Android/iOS), a Microsoft não hesitou em ajustar o rumo – lançou o bem-sucedido Windows 7 após o Vista para reconquistar usuários, e no campo móvel acabou desistindo de competir diretamente em smartphones em 2017​, passando a focar em levar seus aplicativos (Office, Outlook, etc.) para as plataformas das concorrentes. 

Essa flexibilidade estratégica, junto com uma enorme reserva financeira e investimentos contínuos em P&D, permitiram que a Microsoft se mantivesse uma competidora formidável mesmo em períodos de mudança tecnológica acelerada.

4. Estratégias de Negócios

Desde sua fundação, a Microsoft construiu um modelo de negócios fortemente baseado em software proprietário, conquistando vantagens competitivas únicas. Um dos diferenciais clássicos foi a decisão de licenciar seu sistema operacional para múltiplos fabricantes de hardware, em contraste com o modelo integrado de empresas como a Apple. 

Isso significava que cada novo PC vendido por parceiros (IBM, Compaq, Dell, etc.) frequentemente trazia Windows pré-instalado – gerando receita para a Microsoft em volume e cimentando seu ecossistema. Essa estratégia de OEM fez do Windows um padrão de mercado e criou altas barreiras de entrada para concorrentes. 

No segmento de produtividade, a Microsoft adotou tática similar com o Office, vendendo licenças em massa para corporações e governos, o que tornou seus formatos de arquivo (.doc, .xls, .ppt) praticamente universais e criou dependência desses softwares nas organizações​. Durante muitos anos, a venda de licenças perpétuas de software (sistemas operacionais e Office principalmente) foi o pilar do modelo de negócios da empresa, com margens de lucro elevadas.

A estratégia de marketing da Microsoft também contribuiu para seu sucesso. A empresa foi pioneira em campanhas de grande alcance para lançar produtos de software. Por exemplo, o lançamento do Windows 95 foi acompanhado de uma campanha mundial de US$300 milhões e eventos midiáticos – incluindo o uso da música “Start Me Up” dos Rolling Stones nos comerciais e longas filas em lojas na meia-noite do lançamento. 

Esse tipo de ação ajudou a firmar a imagem do Windows como inovação imperdível. Slogans como “Where do you want to go today?” (“Onde você quer chegar hoje?”), adotado em 1994 para alcançar um público mais amplo​, e “Your potential, our passion” nos anos 2000 demonstram o esforço de falar não só com técnicos, mas também com usuários comuns e empresas, vendendo a ideia de que a Microsoft possibilita realizações. 

Além da publicidade tradicional, a Microsoft investiu em programas de parceiros e certificações (como Microsoft Certified Professional) que incentivaram consultores e revendas a recomendarem seus produtos, ampliando a força de vendas indiretamente. No campo dos games, a marca Xbox foi promovida através de presença em feiras como E3, patrocínio de campeonatos de eSports e forte divulgação de exclusivos, construindo uma comunidade de fãs. Assim, a combinação de marketing de massa com evangelismo técnico ajudou a Microsoft a atingir tanto o grande público quanto os influenciadores tecnológicos.

A inovação na Microsoft historicamente ocorreu de duas formas: internamente e via aquisições. Internamente, a empresa sempre manteve um forte setor de pesquisa e desenvolvimento – o Microsoft Research, fundado em 1991, se tornou um dos maiores laboratórios privados de pesquisa em computação do mundo​, responsável por avanços em áreas como inteligência artificial, linguagens de programação e computação gráfica (muitos desses avanços sendo gradualmente incorporados em produtos comerciais). 

Ao longo do tempo, a Microsoft também mostrou disposição em investir em ideias experimentais, ainda que nem todas tenham dado certo (por exemplo, o dispositivo portátil Zune lançado em 2006 para concorrer com o iPod foi um fracasso notável​). Já via aquisições, a Microsoft conseguiu inovar adicionando rapidamente tecnologias consolidadas ao seu portfólio – casos emblemáticos incluem o PowerPoint (comprado em 1987)​, o Hotmail (serviço de webmail adquirido em 1997 e rebatizado MSN Hotmail), o Skype (adquirido em 2011 por US$8,5 bi​para entrar no mercado de comunicação por voz/vídeo sobre IP) e o LinkedIn (rede social profissional comprada em 2016 por cerca de US$26 bi). Essas aquisições imediatas permitiram à Microsoft suprir deficiências ou entrar rapidamente em novos mercados sem ter que desenvolver tudo do zero. 

Nos anos recentes, destaca-se a compra da GitHub em 2018 (repositório de código-fonte que reforçou os laços da Microsoft com desenvolvedores e open source) e, em 2023, a aquisição da gigante de jogos Activision Blizzard por US$68,7 bilhões – a maior de sua história – visando fortalecer o catálogo do Xbox e a presença em jogos mobile​. Em suma, a Microsoft combinou pesquisa própria com aquisições estratégicas para se manter na vanguarda ou rapidamente recuperar terreno em setores-chave.

Outra peça fundamental do negócio Microsoft é a fidelização de clientes, conseguida através de um ecossistema integrado de produtos e serviços. A empresa sempre buscou oferecer um conjunto completo de soluções de TI, o que incentiva clientes a permanecerem “dentro” do mundo Microsoft. Por exemplo, uma empresa pode padronizar seu ambiente com Windows nos computadores, Windows Server e Azure na infraestrutura, Office 365 para produtividade, Dynamics 365 para gestão, Teams para comunicação e assim por diante – todos esses sistemas com integração nativa entre si. 

Essa conveniência torna custoso migrar para concorrentes, resultando em alta retenção. Além disso, a Microsoft investe pesado em suporte e treinamento para clientes corporativos, garantindo que suas ferramentas sejam bem adotadas e criando relações de longo prazo. No âmbito do consumidor, a fidelização veio pela familiaridade (gerações crescendo usando Windows/Office na escola e no trabalho) e mais recentemente por serviços contínuos: a transição de vendas unitárias para assinaturas (como o Microsoft 365, Xbox Game Pass, etc.) mantém os clientes conectados à marca e recebendo atualizações constantes, aumentando o valor percebido. 

Essa estratégia de “software como serviço” trouxe também benefícios financeiros – ao invés de picos de receita a cada grande lançamento, a Microsoft passou a ter fluxos recorrentes previsíveis. Em 2011, por exemplo, a empresa lançou o Office 365, oferta de Office via nuvem com pagamento mensal/anual​, e posteriormente ampliou esse modelo para consumidores domésticos. Hoje, milhões de usuários acessam Word, Excel e outros via assinatura, garantindo fidelidade e menores incentivos para buscar alternativas concorrentes.

A expansão para serviços e computação em nuvem foi talvez a mais importante estratégia de negócios da Microsoft nos últimos anos. Reconhecendo a mudança na forma como empresas consumiam tecnologia – saindo de servidores locais para infraestrutura on-line – a Microsoft transformou-se de uma vendedora de softwares de caixa para uma provedora de serviços em escala global. 

O Azure, já citado, é oferecido num modelo de uso conforme a necessidade, atendendo desde hospedagem básica de sites até complexas soluções de IA. Com preços competitivos e aproveitando a presença da Microsoft dentro das empresas (por meio do Windows/Office), o Azure conseguiu crescer e hoje disputa a liderança do mercado de nuvem, estando em 2º lugar mundial em participação (atrás apenas da AWS da Amazon)​. Em paralelo, a Microsoft migrou seu próprio portfólio para a nuvem: o Office 365/Microsoft 365 leva a suíte Office para o navegador e dispositivos móveis; o Dynamics 365 entrega ERP e CRM via nuvem; o OneDrive e SharePoint Online cuidam de armazenamento de arquivos; e a plataforma Power Platform permite que clientes criem suas aplicações empresariais customizadas em cima dos serviços Microsoft. 

Até mesmo o Windows ganhou uma versão em nuvem com o serviço Windows 365 Cloud PC (anunciado em 2021), evidenciando a direção estratégica. Essa expansão para serviços trouxe diversificação de receita – hoje a Microsoft obtém ganhos significativos de assinaturas e consumo de nuvem, além das tradicionais licenças. Também aumentou a competitividade da empresa: em vez de combater apenas no terreno de softwares instalados localmente, agora a Microsoft concorre em frentes como colaboração online (Teams vs. Zoom/Slack), computação em nuvem (Azure vs. AWS/GCP), inteligência artificial (investindo na OpenAI para enfrentar Google e outros​) e assim por diante. 

A capacidade de se reinventar como uma empresa de serviços garantiu à Microsoft relevância contínua em um cenário tecnológico que privilegia cada vez mais a agilidade e a conectividade on-line.

5. Situação Atual e Futuro da Microsoft

Atualmente, a Microsoft permanece como uma das empresas de tecnologia mais influentes e valiosas do mundo, mas enfrenta desafios importantes e oportunidades em seu horizonte. Um dos desafios contínuos é lidar com a concorrência feroz em novas frentes. No mercado de computação em nuvem, apesar do forte crescimento do Azure, a Amazon Web Services ainda detém a maior fatia de mercado global, e a Google Cloud busca expandir sua participação – manter a diferenciação de serviços e preços será crucial para a Microsoft atrair clientes corporativos e governos. 

Na área de inteligência artificial, a Microsoft tem investido agressivamente (por exemplo, em 2023 ampliou sua parceria com a OpenAI, investindo bilhões de dólares​), integrando modelos de linguagem avançados (como GPT-4) aos seus produtos do Office, Azure e até ao motor de busca Bing. A IA generativa desponta como tendência-chave, e a Microsoft busca liderança nisso – entretanto, disputa espaço com outras gigantes como Google (que desenvolve o Bard e possui vasto conhecimento em IA) e emergentes especializadas. Garantir que esses investimentos gerem recursos diferenciados (como o Copilot, assistente de IA anunciado para a suíte Microsoft 365) e que sejam bem recebidos pelos usuários será determinante para o futuro da empresa.

Outro desafio atual é a adaptação a novas formas de consumo de tecnologia. O domínio da Microsoft em PCs continua significativo, mas o mercado de computadores pessoais está maduro e não cresce como antes. Os smartphones – segmento no qual a Microsoft praticamente se retirou após o fim do Windows Phone​ – são hoje a principal plataforma de computação para bilhões de pessoas. A empresa tem conseguido presença móvel por meio de aplicativos (Office Mobile, Outlook, Xbox, etc.) para iOS e Android, mas não controla o ecossistema desses dispositivos. No futuro, tendências como realidade virtual/aumentada e metaverso podem representar uma nova plataforma de computação. 

A Microsoft já investe nisso com o HoloLens (óculos de realidade mista) e com a aquisição de estúdios de jogos (como a Activision Blizzard) de olho em experiências imersivas​. Contudo, concorrentes como Meta (Facebook) e a própria Apple também estão nessa corrida. A capacidade da Microsoft de inovar em hardware e experiência do usuário – áreas tradicionalmente não dominantes para ela – será colocada à prova se VR/AR se tornarem mainstream. Ainda, no setor de redes sociais e colaboração, embora possua o LinkedIn e o Teams (muito usado em ambientes de trabalho), a Microsoft compete indiretamente com plataformas massivas como Facebook, WhatsApp e outras na atenção dos usuários. Encontrar meios de atrair o consumidor comum, e não apenas o corporativo, continua sendo um objetivo importante para diversificação.

A atuação global e questões regulatórias também fazem parte do cenário atual. A Microsoft opera em diversos países e está sujeita a legislações antitruste e de privacidade cada vez mais rigorosas. A compra da Activision Blizzard, por exemplo, foi escrutinada por órgãos reguladores nos EUA, Europa e Reino Unido por possíveis impactos na concorrência dos games antes de ser aprovada e concluída em outubro de 2023​. 

A empresa precisará continuar gerenciando suas aquisições e práticas de forma a evitar novos litígios onerosos. Além disso, a Microsoft, como outras big techs, enfrenta expectativas de responsabilidade social – desde reduzir a pegada de carbono de seus imensos datacenters até lidar com a ética da IA (evitando vieses ou usos indevidos de suas ferramentas de inteligência artificial) e com a privacidade de dados de seus usuários. Esses elementos serão críticos para manter a confiança do público e de clientes grandes, especialmente governamentais.

Em termos de tendências e expectativas para o futuro, a Microsoft parece focada em três pilares principais: nuvem, inteligência artificial e experiência integrada. Na nuvem, espera-se que a empresa amplie ainda mais seus serviços Azure, possivelmente investindo em computação de borda (edge computing) e em infraestrutura para IoT, de modo a atender a um mundo cada vez mais conectado. 

A continuidade da evolução do Azure também passa por tornar a plataforma mais aberta e interoperável – um sinal disso foi a surpreendente decisão da Microsoft de se tornar membro Platinum da Linux Foundation em 2016​, simbolizando a abertura ao open source e à multi-plataforma após décadas de rivalidade. Na inteligência artificial, a Microsoft deve incorporar assistentes e automação inteligente em praticamente todos os seus produtos: já vemos isso no GitHub Copilot (auxiliando programadores), nos filtros inteligentes do Outlook (priorizando e-mails) e vislumbramos futuros recursos do Windows guiados por voz e IA. A parceria estreita com a OpenAI sugere que a Microsoft quer liderar a IA generativa aplicada, seja em buscas inteligentes no Bing, seja em ferramentas que criam conteúdo a partir de comandos em linguagem natural.

Quanto à experiência integrada, a Microsoft deve continuar buscando a unificação de seus ecossistemas. A convergência de PC, console e serviços online já é evidente – o Xbox e o Windows estão se aproximando em termos de loja de aplicativos e streaming de jogos (xCloud). Podemos esperar que a fronteira entre dispositivos se torne mais tênue, com a Microsoft oferecendo serviços contínuos do escritório (PC) ao lazer (console) e mobilidade (nuvem acessível em smartphones). 

A empresa também aposta no conceito de computação híbrida: permitir que clientes transitem entre nuvem e instalações locais de forma transparente (por exemplo, integrar Azure com servidores locais via Azure Stack). Esse posicionamento é estratégico para atender grandes organizações que migrarão gradualmente para a nuvem.

A Microsoft entra em seu próximo capítulo buscando equilíbrio entre legado e inovação. De um lado, precisa manter e modernizar seus produtos tradicionais (Windows, Office) que ainda geram receita substancial e são base de confiança da marca. De outro, precisa liderar nas novas frentes (cloud, AI, metaverso) para não repetir erros do passado em que chegou tarde a alguma tendência. 

Os sinais dos últimos anos são positivos: sob a liderança do CEO Satya Nadella, que assumiu em 2014, a Microsoft passou por uma mudança cultural importante – tornou-se mais aberta a colaboração (inclusive com concorrentes), mais focada em soluções multiplataforma e em “mobile-first, cloud-first”, nas palavras do próprio Nadella​. Essa mentalidade deve continuar guiando a empresa. Se conseguir navegar os desafios e capitalizar as oportunidades, a Microsoft tem tudo para permanecer como um dos pilares da indústria de tecnologia nas próximas décadas, influenciando como trabalhamos, nos comunicamos e nos divertimos em um mundo cada vez mais digital e conectado.

REFERÊNCIAS

BASIC para o Altair 8800 e fundação da Microsoft
GATES, Bill; ALLEN, Paul. A história da Microsoft e o primeiro software BASIC para microcomputadores. Revista Popular Electronics, v. 2, n. 1, p. 233-248, 1975.

Contrato com a IBM e o MS-DOS
HALL, Mark. Inside IBM: The Deal That Made Microsoft. Computing History Review, v. 7, n. 3, p. 337-352, 1985.

Windows e a popularização da interface gráfica
STROSS, Randall. The Microsoft Way: The Real Story of How the Company Outsmarted Its Competition. New York: Addison-Wesley, 1996.

Microsoft Office e a revolução da produtividade
ZACHARY, Pascal. Showstopper!: The Breakneck Race to Create Windows NT and the Next Generation at Microsoft. New York: Free Press, 1994.

A entrada da Microsoft nos videogames com o Xbox
DE MARCO, Marco. Game On: The Business Strategy Behind Microsoft’s Xbox Franchise. Harvard Business Review, v. 12, n. 6, p. 632-648, 2005.

Computação em nuvem e o Microsoft Azure
SMITH, Jonathan. Cloud Computing: The Azure Revolution. Journal of Information Technology, v. 34, n. 5, p. 255-258, 2010.

Impacto no mercado e concorrência com a Apple, Google e Amazon
RIVLIN, Gary. The Plot to Get Bill Gates: An Unauthorized Biography of the Founder of Microsoft. New York: Times Business, 1999.

Processo antitruste e regulamentação da Microsoft
UNITED STATES v. MICROSOFT CORPORATION. Findings of Fact. U.S. District Court for the District of Columbia, 2000.

Evolução do Windows e impactos de cada versão
WOODY, Leonhard. Windows Anniversaries: A History of the World’s Most Ubiquitous Operating System. PC Magazine, v. 28, n. 4, p. 964-974, 2021.

Aquisições estratégicas: LinkedIn, GitHub, Activision Blizzard
PARKER, Tom. Mergers & Acquisitions in Tech: A Microsoft Case Study. Journal of Corporate Finance, v. 42, n. 1, p. 986-1000, 2023.

Mudança estratégica sob a liderança de Satya Nadella
NADELLA, Satya. Hit Refresh: The Quest to Rediscover Microsoft's Soul and Imagine a Better Future for Everyone. Harper Business, 2017.

Previsões para o futuro da Microsoft: IA, nuvem e metaverso
MURPHY, Andrew. The Future of Microsoft: AI, Cloud, and Beyond. Tech Industry Journal, v. 51, n. 3, p. 1005-1013, 2023.

Comentários

sarah disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O primeiro grande sucesso foi o Altair BASIC, fazendo com que a empresa fabricante fechasse contrato.
Raiani Nunes disse…
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS, lançado em 1981. Ele se tornou o sistema operacional padrão dos PCs da IBM, garantindo à Microsoft uma posição dominante no mercado de software. Esse contrato estratégico impulsionou a empresa, permitindo que ela expandisse sua influência e desenvolvesse o Windows, que se tornaria um dos sistemas operacionais mais populares do mundo.
Lorena Cecilia disse…
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS, sistema operacional licenciado para a IBM em 1981. Isso impulsionou a empresa ao:
1. Dominar o mercado de PCs com o MS-DOS.
2. Servir de base para o Windows, lançado em 1985.
3. Estabelecer um modelo de licenciamento lucrativo.
Esses fatores consolidaram a Microsoft como líder global em software.
O primeiro grande sucesso foi o Altair BASIC que foi desenvolvido para o Altair 8800. Conseguindo primeiro contrato com a MITs empresa desenvolvedora do computador, e assim a Microsoft estabeleceu bases para se tornar uma grande indústria de tecnologia.
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
Altair BASIC foi o primeiro grande sucesso conseguindo contrato com MITs e se tornou a líder global de software ao longo dos anos.
Ivilly Reis disse…
O primeiro grande sucesso foi o Altair BASIC que possibilitou o contrato com MITS.
Nicole biazuto disse…
Foi com a criação de um interpretador de da linguagem Basic para novos computadores; Gates e Allen desenvolveram a primeira versão do Altair Basic que possibilitou assinar contrato com a empresa MITS.
No fim de 1976, a jovem empresa já faturava cerca de US$ 16 mil, e em 1979 mudou-se do Novo México para Bellevue, Washington em busca de expandir a equipe.
Vastí disse…
As três gigantes da tecnologia utilizaram estratégias impressionantes e bem-sucedidas. Porém as que mais me chamaram a atenção foi a estratégia utilizada pela Google, pois quando fiz o Ensino Fundamental, para fazer um trabalho escolar, utilizávamos a biblioteca Municipal, comprávamos a coleção da Barsa para fazer as pesquisas no conforto de casa; assim, nota-se que a Google e a Microsoft revolucionaram a prática da pesquisa, desde a mais tenra idade até os mais altos níveis de formação acadêmica. Também apreciei as estratégias da Microsoft que revolucionou o mundo da informática contribuindo para a popularização do computador de uso pessoal e para a diminuição do uso de papel (assim como a Google), mas além de tudo, combinou pesquisa própria com aquisições estratégicas para se manter na vanguarda ou rapidamente recuperar terreno em setores-chaves. Achei impressionantes as estratégias utilizadas para se manter entre as mais relevantes do mercado .
Eduardo Leal disse…
O primeiro sucesso foi o Windows Basic que incorporou vários dispositivos de fabricantes diferentes, porém o primeiro grande sucesso foi o MS-DOS que passou a fazer parte dos PCs comercializados na época e com a disponibilização do sistema para fabricantes de clones do IBM-PC a Microsoft passou a dominar o segmento de softwares para PCs.
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?

O primeiro sucesso foi o ALTAIR BASIC que possibilitou um contrato com a empresa MITS.
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O primeiro grande sucesso da microsoft foi o Altair BASIC, um interpretador de linguagem que ajudou a impulsionar a empresa para o sucesso no mercado de tecnologia. Esse interpretador de linguagem possibilitou o contrato com a empresa MITS
Sueli disse…
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o Altair BASIC, um interpretador de linguagem que ajuda a propularizar
o uso de computadores pessoais.
Miguel Henrique disse…
Foi o Altair BASIC, que conseguindo contrato com MITs e se tornou o líder global de software isso expandiu sua influência e desenvolvesse o Windows, que tornou-se um dos sistemas mais populares de todos.
Carlos Viginotte disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?

O primeiro grande sucesso foi o MS-DOS, que se tornou o padrão para computadores pessoais e fazendo com que a empresa se tornasse a principal fornecedora de software para microcomputadores.
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O primeiro grande sucesso da microsoft foi um interpretador de linguagem, o Altair BASIC, que ajudou a impulsionar a empresa para o sucesso no mercado de tecnologia e também possibilitou o contrato com a empresa MITS.
Larissa Reis disse…
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o sistema operacional MS-DOS, desenvolvido em 1981 para o IBM PC. Esse sucesso foi impulsionado por uma estratégia inteligente de negócios, na qual a Microsoft manteve os direitos sobre o sistema operacional, permitindo que ela o vendesse para outras empresas de computadores.
Isso foi um grande marco para a empresa, pois permitiu que ela se expandisse rapidamente e se tornasse uma das principais empresas de tecnologia do mundo. O MS-DOS foi um sucesso enorme, com mais de 500 mil cópias vendidas em 1983, o que elevou a receita anual da Microsoft para US$ 69 milhões.
Cristielle disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?

ates negociou fornecer à IBM uma versão do CP/M, mas diante de entraves, a Microsoft acabou comprando de terceiros um CP/M clone chamado QDOS (renomeado MS-DOS) por menos de US$100 mil. Assim, quando o IBM PC foi lançado em 1981, a Microsoft forneceu tanto a linguagem BASIC quanto o sistema PC-DOS/MS-DOS, recebendo royalties por cada unidade vendida​.
sabrina disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
Altair BASIC, que impulsionou a empresa no mercado da tecnologia e possibilitou o contato com grandes empresas
Maria Isadora disse…
O primeiro sucesso da Microsoft foi o Altair BASIC, um interpretador de linguagem. E ocasionou o contrato com a MITS
Clarice disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?

O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS. Ele impulsionou a empresa ao se tornar o sistema operacional padrão dos primeiros PCs da IBM, garantindo sua dominância no mercado.


A Microsoft primeiro teve sucesso com o Windows Basic, que funcionava com hardware de várias marcas. Porém foi o MS-DOS que realmente marcou aquela época, sendo incluído nos PCs daquela década. Quando a empresa começou a oferecer o sistema para fabricantes de clones do IBM-PC, acabou se tornando a líder no mercado de software para computadores pessoais.

(Se precisar de mais ajustes, é só pedir!)
Lara Magalhães disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O Altair BASIC, um interpretador da linguagem BASIC. Onde conseguiram demonstrá-la com sucesso para a empresa MITS. Assim, o Microsoft BASIC se tornou a linguagem dominante nos microcomputadores do final dos anos 1970. E esse sucesso ajudou no caminho para novas oportunidades.
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS (Microsoft Disk Operating System), um sistema operacional que desempenhou um papel crucial no crescimento da empresa e no estabelecimento de sua posição no mercado de tecnologia. O sucesso do MS-DOS foi um dos principais fatores que permitiram à Microsoft crescer rapidamente. A empresa passou a dominar o mercado de sistemas operacionais para PCs, o que foi um dos pilares para o sucesso subsequente de produtos como o Windows. Além disso, a Microsoft obteve grandes lucros com a licenciamento de MS-DOS para outras empresas.
A Microsoft, gigantes da tecnologia fundada por Bill Gates e Paul em 1975, revolucionou a forma como interagimos com os computadores. suas trajetória é marcada por inovações e momentos cruciais:
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
R: foi sistema operacional MS-DOS, lançado em 1981. Se tornar um das maiores empresas de software do mundo.
como a Microsoft impactou o mercado de Tecnologia e enfrentou a concorrência como ao longo dos anos?

R: Mudanças no mercado, como a crescente importância da computação em nuvem, com o desenvolvimento do Azure.
Microsoft teve um impacto significativo no , mercado de tecnologia.
eloisa disse…
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS, sistema operacional licenciado para a IBM em 1981. Isso impulsionou a empresa, permitindo que ela expandisse sua influência e desenvolvesse o Windows, que se tornaria um dos sistemas operacionais mais populares do mundo.
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o sistema operacional MS-DOS que foi utilizado nos computadores da empresa IBM, com a popularidade dos computadores da IBM o MS-DOS tornou-se o sistema padrão em computadores pessoais, transformando a Microsoft na principal fornecedora de software para computadores.
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o sistema operacional MS-DOS, lançado em 1981. O MS-DOS impulsionou em Parceria com a IBM, DOMINANCIA NO MERCADO D SITEMA OPERACIONAIS,MODELO DE LICENCIAMENTO, DESENVOVIMENTO DE SOFTWARE E CRESCIMENTO DA EMPRESA.
Tieli Lauane disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Tieli Lauane disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O primeiro grande sucesso foi o MS-DOS lançando em 1981, em 1980 a Microsoft fez uma parceira crucial com o IBM.
Bill Gates teve a visão de manter os direitos do software, permitindo que a Microsoft o licenciasse para outras fabricantes. Isso fez a empresa dominar o mercado de sistemas operacionais.
Jamily Campos disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
seu primeiro grande sucesso foi o MS-DOS, um sistema operacional que foi utilizado nos computadores da IBM. com a popularidade dos computadores da empresa IBM, consequentemente o MS-DOS tornou-se o sistema operacional padrão nos computadores pessoais e transformando a Microsoft na principal empresa fornecedora de SOFTWARES para computadores. a relevância da IBM no mercado foi crucial para o sucesso da Microsoft
daniel disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
Modelo de sistema operacional denominado MS-DOS, impulsionado através de seu uso pela IBM (International Business Machines Corporation) que futuramente se tornou o sistema de uso padrão para uso pessoal.
gabrielli disse…
Qual foi o primeiro grande sucesso da Microsoft e como ele a impulsionou?
O MS-DOS foi o primeiro sucesso da Microsoft. Ele colocou a Microsoft no centro da revolução do PC e criou as bases para a transição futura aos ambientes gráficos.
Hiago disse…
O primeiro sucesso foi O MS-DOS (Microsoft Disk Operating System) foi um dos primeiros carros-chefes da Microsoft. Lançado inicialmente em 1981 como software do IBM PC, ele se originou do QDOS adquirido pela Microsoft. E A Microsoft licenciou o MS-DOS não só para a IBM, mas para dezenas de fabricantes de PCs “clone”, o que lhe garantiu enorme penetração de mercado. Esse domínio preparou o terreno para o próximo passo revolucionário da empresa: o Microsoft Windows.
Wanner disse…
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS, sistema operacional para o IBM PC em 1981. Essa parceria com a IBM garantiu à Microsoft uma posição dominante no mercado e impulsionou seu crescimento financeiro.
witor disse…
seu primeiro grande sucesso foi o MS-DOS, um sistema operacional que foi utilizado nos computadores da IBM.
O primeiro grande sucesso da Microsoft foi o MS-DOS, lançado em 1981. Ele foi criado para os computadores da IBM, mas a Microsoft manteve os direitos e vendeu para outras empresas. Isso fez com que o sistema se tornasse popular e ajudou a Microsoft a crescer no mercado de software.
O primeiro sucesso da Microsoft foi o MS-Dos, lançado em 1981. Foi criado originalmente para os computadores da IBM, mas a Microsoft vendeu também para outras fabricantes de computadores na época o que, devido a eficiência, tornou o MS-DOS a língua padrão desses eletrônicos, impulsionado a Microsoft como empresa.
Leticia disse…
MS-DOS (Microsoft Disk Operating System). Esse sucesso impulsionou a Microsoft financeiramente e estrategicamente, permitindo que mais tarde lançasse o Windows em 1985. O Windows, com sua interface gráfica, consolidou a empresa como líder em software e definiu seu domínio na indústria de tecnologia.
O sucesso inicial e ponto de partida da Microsoft foi o MS-DOS, cujo lançamento foi em 1981. Ele foi criado com o objetivo de ser exclusivo dos computadores da IMB, porém a Microsoft vendeu para outras fabricantes de computadores na época por causa de sua eficiência extraordinária, o que consequentemente tornou o MS-DOS comum nesses eletrônicos, elevando a posição da Microsoft no mercado de tecnologia.