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Foto de Julio Lopez na Unsplash |
Fundação e Primeiros Anos
No início de 2004, em um dormitório de Harvard, Mark Zuckerberg e seus colegas Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Andrew McCollum lançaram um site chamado “TheFacebook”, inicialmente exclusivo para estudantes da universidade.
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Linha do tempo ilustrando os principais marcos do Facebook desde sua criação em 2004, passando pelo lançamento de recursos e aquisições importantes, até 2016. |
Inovações Tecnológicas
Desde cedo, a equipe de Zuckerberg inovou constantemente na experiência oferecida pelo Facebook. Uma mudança marcante ocorreu em 2006, com o lançamento do Feed de Notícias (News Feed). Antes disso, para saber das atualizações de um amigo era preciso visitar seu perfil; com o feed, passou a existir uma linha do tempo unificada mostrando em ordem cronológica (e depois algorítmica) tudo o que os amigos postavam. Essa novidade transformou a forma de consumir conteúdo online, tornando o Facebook muito mais dinâmico e aumentando o engajamento dos usuários. Pouco depois, em 2007, a empresa lançou a plataforma para desenvolvedores, abrindo espaço para aplicativos e jogos de terceiros dentro da rede social – foi daí que surgiram fenômenos como o jogo FarmVille, integrando o Facebook à vida cotidiana de milhões de pessoas.
Em fevereiro de 2009, outra introdução aparentemente simples moldou a cultura das redes sociais: o botão “Curtir” (Like). A possibilidade de expressar aprovação com um clique se tornou onipresente e simbólica – o polegar para cima do Facebook virou um ícone da era digital. No ano seguinte, a empresa permitiu que o botão “Curtir” fosse incorporado em sites externos, expandindo o alcance da rede pela web. Ainda em 2010, o Facebook implementou a funcionalidade de Grupos, criando espaços comunitários que rapidamente seriam utilizados para fins que iam de hobbies compartilhados a movimentações sociais e políticas. A evolução contínua da plataforma também incluiu a incorporação de mensagens instantâneas: em 2011, o Facebook lançou o aplicativo Messenger para troca de mensagens em tempo real via smartphones, separando esse recurso em um app dedicado que se tornaria um dos mensageiros mais usados do mundo.
Paralelamente ao desenvolvimento interno, a empresa passou a crescer via aquisições estratégicas. Em abril de 2012, o Facebook anunciou a compra do Instagram – uma rede social focada em compartilhamento de fotos que despontava em popularidade – por cerca de US$ 1 bilhão. A manobra incorporou ao império de Zuckerberg um novo público e reforçou a presença da empresa no segmento móvel e visual. Dois anos depois, em 2014, veio aquela que seria sua maior aquisição até então: o WhatsApp, serviço de mensagens que já contava com centenas de milhões de usuários globais. O acordo de compra alcançou impressionantes US$ 19–22 bilhões, consolidando o controle do Facebook sobre as principais plataformas de comunicação das redes sociais (vale lembrar que o Facebook já havia lançado o Messenger e possuía também o Instagram). Ainda em 2014, a empresa adquiriu a Oculus VR por cerca de US$ 2 bilhões, sinalizando sua entrada no promissor campo da realidade virtual. Essa movimentação foi um prenúncio do interesse de Zuckerberg em tecnologias imersivas.
Em maio de 2012, o Facebook realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO) na Nasdaq, marcando sua estreia no mercado financeiro. Com uma avaliação de aproximadamente US$ 100 bilhões, foi um dos maiores IPOs já vistos no setor de tecnologia até então. Nos anos seguintes, a empresa continuou lançando novos recursos – como o Facebook Live para transmissões ao vivo de vídeo em 2015 e as reações em 2016 (botões além do “curtir”, permitindo reagir com “amei”, “haha”, “uau”, “triste” ou “Grr”) – e integrando suas plataformas adquiridas. Em 2016, por exemplo, já era possível utilizar uma mesma conta de anúncios e postagem entre Facebook e Instagram, demonstrando a sinergia construída entre os produtos da companhia.
No final de 2021, ocorreu uma das mudanças mais significativas na trajetória da empresa: a Facebook Inc. mudou seu nome corporativo para Meta Platforms Inc., ou simplesmente Meta. A alteração, anunciada por Mark Zuckerberg durante a conferência anual da empresa, refletiu uma mudança de foco estratégico. O tradicional logotipo do polegar “Like” na entrada da sede em Menlo Park deu lugar à nova marca Meta – um símbolo em forma de laço infinito azul. Com isso, a empresa sinalizou sua ambição de ir além das redes sociais 2D e liderar a construção do metaverso: um ambiente virtual compartilhado que mistura realidade aumentada e virtual. Zuckerberg destacou que a marca Facebook estava fortemente associada a um único produto, enquanto “Meta” representaria melhor o conjunto de tecnologias que a empresa já desenvolve e planeja desenvolver. Iniciativas como a plataforma social em RV Horizon Worlds e os óculos Meta Quest (novo nome da linha Oculus) tornaram-se centrais na visão de futuro da companhia, que busca “dar vida ao metaverso”.
Evolução Financeira
O crescimento vertiginoso do Facebook/Meta não foi apenas em número de usuários, mas também em valor de mercado e resultados financeiros. De um projeto iniciado com recursos modestos no dormitório universitário, a empresa se transformou em um colosso multibilionário. Em seus primeiros anos, o Facebook atraiu investimentos importantes: além do aporte de Peter Thiel em 2004, recebeu US$ 12,7 milhões do fundo Accel Partners em 2005, o que avaliou a companhia em cerca de $100 milhões. Esses investimentos possibilitaram ampliar infraestrutura e contratar talentos para sustentar a base crescente de usuários. Em 2012, ao abrir capital na bolsa, o Facebook levantou US$ 16 bilhões em sua IPO, alcançando uma avaliação de mercado inicial em torno de US$ 104 bilhões. Naquele momento, já contava mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais (marca atingida em outubro de 2012), o que ajudava a atrair investidores confiantes no potencial de monetização da rede.
A partir de então, os números financeiros da empresa dispararam ano após ano, impulsionados principalmente pelas receitas de publicidade digital. O modelo de negócios baseado em anúncios segmentados (exibidos para o público certo graças à enorme coleta de dados dos usuários) provou-se extremamente lucrativo. Para se ter ideia da evolução: a receita anual do Facebook saltou de cerca de US$ 153 milhões em 2007 para US$ 3,7 bilhões em 2011, e continuou crescendo aceleradamente na década seguinte. Após a aquisição do Instagram e do WhatsApp, e com a consolidação do Facebook como plataforma de anúncios preferencial para milhões de empresas, a receita atingiu US$ 55,8 bilhões em 2018 e US$ 85,9 bilhões em 2020. Em 2021, já sob a égide da Meta, o faturamento anual foi de US$ 117,9 bilhões – um salto impressionante em relação aos poucos milhares de dólares que o site gerava em seus primórdios. A lucratividade também acompanhou esse trajeto: o lucro líquido passou de meros US$ 122 milhões em 2009 para US$ 39 bilhões em 2021.
No auge de seu crescimento, a companhia atingiu marcos históricos no mercado de capitais. Em junho de 2021, pouco antes da mudança de nome para Meta, o valor de mercado do Facebook ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão. Com isso, a empresa tornou-se uma das poucas em todo o mundo (ao lado de gigantes como Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet/Google) a valer treze dígitos, entrando no seleto clube das Big Tech trilionárias. Vale notar que o Facebook conseguiu tal feito em tempo recorde – foram apenas 17 anos desde a fundação até alcançar o trilhão, a trajetória mais rápida entre as gigantes de tecnologia. Esse desempenho refletiu a confiança dos investidores no domínio que a empresa construiu sobre as mídias sociais e a publicidade online.
Outra métrica do porte da Meta é seu quadro de funcionários e presença global. O que começou como um projeto de meia dúzia de estudantes se transformou em uma corporação com dezenas de milhares de empregados em todo o mundo. Em 2011, o Facebook já empregava cerca de 3.200 pessoas; uma década depois, em 2021, a Meta contava mais de 71 mil funcionários em escritórios que vão da Califórnia à Irlanda e Cingapura. A empresa também realizou programas de expansão internacional, inaugurando sedes regionais e centros de dados em diversos países para suportar sua base global de usuários (por exemplo, estabeleceu em 2008 seu quartel-general internacional em Dublin, Irlanda).
Apesar de alguns solavancos no caminho – como a queda expressiva nas ações em fevereiro de 2022, quando a Meta perdeu cerca de US$ 237 bilhões em valor de mercado em um único dia após divulgar uma rara estagnação no crescimento de usuários– a empresa se manteve como um dos principais ativos do setor de tecnologia. Hoje, a Meta Platforms é reconhecida como uma das cinco gigantes tech (ao lado de Amazon, Apple, Google e Microsoft) em valor e influência global, integrando índices de mercado e exercendo forte impacto em toda a economia digital.
Questões de Segurança e Privacidade
À medida que o Facebook crescia, também emergiam preocupações acerca da segurança de dados, privacidade dos usuários e disseminação de desinformação na plataforma. Um dos escândalos mais emblemáticos e danosos aconteceu em 2018, com o caso Cambridge Analytica. Naquele ano, reportagens investigativas dos jornais The New York Times e The Guardian revelaram que uma consultoria britânica, a Cambridge Analytica, obteve indevidamente dados pessoais de mais de 50 milhões de usuários do Facebook sem consentimento. Os dados foram coletados por meio de um aparentemente inofensivo teste de personalidade – instalado por alguns milhares de usuários – que, aproveitando brechas na API do Facebook, acabou capturando informações também dos amigos desses usuários. Posteriormente, descobriu-se que tais informações foram vendidas e utilizadas para fins políticos: a Cambridge Analytica trabalhou nas campanhas do então candidato Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA e teria desempenhado um papel no referendo do Brexit no Reino Unido. O escândalo gerou indignação global e uma crise de confiança no Facebook. A hashtag #DeleteFacebook ganhou força, com muitos usuários deletando suas contas em protesto. Mark Zuckerberg foi convocado a depor no Congresso dos EUA, onde pediu desculpas pelo “rompimento de confiança” e reconheceu as falhas da empresa em proteger os dados de seus usuários.
Esse não foi um caso isolado. Já em 2016, o Facebook enfrentara críticas pelo seu papel na propagação de fake news e no chamado fenômeno das bolhas sociais. Estudos indicaram que o algoritmo do feed de notícias tendia a mostrar conteúdo alinhado às preferências de cada usuário, criando “bolhas de filtragem” onde pessoas com visões políticas distintas praticamente não viam as mesmas informações. Durante as eleições americanas de 2016 e outros eventos, como a pandemia de Covid-19, a plataforma foi usada para disseminar desinformação e teorias conspiratórias, o que levantou questionamentos éticos e políticos severos. A empresa, antes adepta de uma postura libertária em relação aos conteúdos postados, teve de rever suas políticas e investir em moderação. A partir de 2017, o Facebook passou a cooperar com agências de checagem de fatos, rotular notícias potencialmente falsas e ajustar seus algoritmos para reduzir o alcance de boatos. Ainda assim, incidentes como a utilização do Facebook para incitar violência étnica em países como Mianmar mostraram os desafios de monitorar uma plataforma tão vasta.
Diante da pressão pública e regulatória, a companhia anunciou uma série de medidas de segurança e privacidade. Em 2019, Zuckerberg declarou que o futuro da empresa passaria por ser “privacy-focused” (foco em privacidade). Na conferência F8 daquele ano, ele reconheceu os erros dos anos anteriores e revelou um plano de ação: criptografia de ponta-a-ponta em todos os seus serviços de mensagem (já presente no WhatsApp, passou a ser incorporada também ao Messenger e mensagens direct do Instagram); maior transparência e controle para os usuários sobre seus dados; e até mudanças de design, como o fim da contagem pública de curtidas no Instagram, visando mitigar impactos negativos à saúde mental dos usuários. Em julho de 2019, o Facebook fechou um acordo com a Comissão Federal de Comércio (FTC) nos EUA, pelo qual concordou em pagar uma multa recorde de US$ 5 bilhões devido às violações de privacidade evidenciadas pelo caso Cambridge Analytica. Essa foi a maior multa já aplicada por infração de dados pessoais até então, e incluiu exigências como a criação de um comitê independente de privacidade dentro do conselho administrativo da empresa. O Facebook/Meta também passou a submeter novos aplicativos e funcionalidades a auditorias internas rigorosas antes de integrá-los à plataforma, numa tentativa de evitar abusos semelhantes aos ocorridos no passado.
Outro campo sensível tem sido o equilíbrio entre liberdade de expressão e segurança do usuário. O Facebook enfrentou dilemas sobre remover ou não determinados conteúdos – discurso de ódio, propaganda terrorista, assédio, etc. Escândalos como os “Facebook Papers” (vazamento interno de documentos por uma ex-funcionária em 2021) sugeriram que a empresa muitas vezes tinha conhecimento de problemas (como o efeito nocivo do Instagram para adolescentes) e demorou a agir. Em resposta, a Meta afirma ter investido bilhões de dólares em equipes e sistemas automatizados de moderação de conteúdo, e que possui hoje políticas mais claras quanto ao que é proibido em suas plataformas. Ainda assim, a tensão entre manter um ambiente seguro e não cercear vozes permanece no centro dos debates sobre a rede.
Problemas Legais e Regulatórios
O rápido crescimento e poder da Meta (Facebook) colocaram a empresa na mira de autoridades governamentais ao redor do mundo. Além das questões de privacidade já mencionadas – que resultaram em multas e termos de ajustamento de conduta nos EUA – a Meta vem enfrentando processos antitruste e investigações por suposto monopólio. Em dezembro de 2020, a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), juntamente com procuradores-gerais de 48 estados, entrou com uma ação contra o Facebook, alegando práticas monopolísticas. A ação afirma que a empresa abusou de sua posição dominante adquirindo potenciais concorrentes (notadamente Instagram e WhatsApp) para eliminar a competição, num padrão de “comprar ou esmagar” rivais. As autoridades americanas pedem, inclusive, a reversão dessas aquisições – isto é, que a Meta seja forçada a vender o Instagram e o WhatsApp, desfazendo as fusões históricas. Esse processo antitruste ainda está em curso; em 2023, um juiz rejeitou pedidos da Meta de arquivar o caso, e a expectativa é de um julgamento para definir se a companhia violou leis de concorrência ao consolidar seu império de aplicativos sociais.
Na União Europeia, onde a regulação de Big Techs é bastante ativa, a Meta também tem enfrentado desafios significativos. Em maio de 2023, a empresa foi multada em € 1,2 bilhão (cerca de US$ 1,3 bi) por violar regras de proteção de dados do GDPR. A acusação era de que o Facebook transferiu dados de usuários europeus para servidores nos EUA sem as devidas salvaguardas de privacidade. Essa foi a maior penalidade já imposta por autoridades europeias a uma empresa por questões de dados, superando uma multa aplicada à Amazon em 2021. Além disso, a Meta já havia sido multada em € 390 milhões no início de 2023 por práticas ilegais de coleta de dados para anúncios personalizados no Facebook e Instagram, e em € 5,5 milhões por infrações envolvendo o WhatsApp. Ao todo, em menos de um ano a empresa acumulou cerca de € 3 bilhões em multas na Europa. Em resposta, a Meta recorre dessas decisões e alega um conflito de jurisdição entre leis americanas de vigilância e as normas europeias, mas os casos sinalizam um escrutínio regulatório cada vez maior sobre suas operações internacionais.
Conflitos com governos também ocorreram em outras frentes. Em fevereiro de 2021, por exemplo, o Facebook confrontou o governo da Austrália ao bloquear temporariamente a exibição de notícias no país, em protesto contra uma nova lei que o obrigaria a pagar veículos de mídia pelo conteúdo jornalístico compartilhado na plataforma. A medida drástica deixou páginas de notícias australianas fora do ar por alguns dias, gerando críticas severas, até que um acordo foi costurado e o compartilhamento de notícias foi restabelecido. Esse episódio evidenciou o imenso poder de negociação que a plataforma acumulou, mas também provocou reações: muitos viram a atitude como demonstração de monopólio de distribuição de informação. Em outros países, a Meta lida com restrições e exigências locais – na Alemanha, por exemplo, autoridades antitruste monitoram a integração de dados entre Facebook, WhatsApp e Instagram; na Índia, há pressão para controlar a disseminação de boatos no WhatsApp; e na China, ironicamente, o Facebook permanece banido desde 2009, o que levou a empresa a focar em outras vias (como investimentos indiretos) para marcar presença no maior mercado digital do mundo.
Outro imbróglio regulatório envolveu aquisições recentes da Meta. Em 2020, a empresa comprou a plataforma de GIFs Giphy por cerca de $400 milhões, porém o órgão de defesa da concorrência do Reino Unido (CMA) entendeu que a fusão prejudicaria a livre concorrência no mercado de anúncios e mídias sociais. Após longa investigação, em 2022 a CMA determinou que a Meta vendesse o Giphy – a primeira vez que uma Big Tech é compelida a reverter uma aquisição já concluída por motivos antitruste. Inicialmente a Meta recorreu, mas acabou aceitando a decisão e iniciou o processo de venda do Giphy em 2023. A mensagem dos reguladores foi clara: mesmo empresas gigantes não estão acima das leis de competição.
Em suma, a Meta hoje navega em um ambiente regulatório complexo. Nos EUA, enfrenta discussões sobre a necessidade de atualizar as leis de imunidade das plataformas (como a Seção 230) e pressões bipartidárias para limitar seu poder. Na Europa, precisa se adequar a marcos como o Digital Services Act e o Digital Markets Act, que impõem obrigações quanto à moderação de conteúdo e interoperabilidade. Essa constante tensão legal reflete a influência massiva da empresa e o esforço global para equilibrá-la com o interesse público.
Importância para o Mercado
A Meta (antiga Facebook) teve – e continua tendo – um impacto profundo no setor de tecnologia, na forma como sociedades inteiras se conectam e até nos rumos futuros da internet. Poucas empresas podem dizer que alteraram os hábitos de comunicação de bilhões de pessoas, mas esse é o caso do Facebook: ele popularizou o conceito de rede social em escala global, definindo padrões que inspiraram (ou forçaram) diversos concorrentes a se adaptarem. Desde a criação do botão “curtir” e do feed de notícias, até a consolidação do modelo de timeline infinita e de stories efêmeros (função adotada do Snapchat), a influência do Facebook se espalhou por toda a indústria. Hoje, com mais de 3 bilhões de usuários mensais em sua plataforma principal – aproximadamente 40% da população mundial! – o Facebook é a única rede social a atingir esse patamar. Seus aplicativos irmãos, Instagram e WhatsApp, também superam a marca de 2 bilhões cada um. Essa presença onipresente significa que a Meta detém uma porção considerável da atenção e do tempo disponíveis online.
Do ponto de vista econômico, a Meta impulsionou a transição da publicidade tradicional para o marketing digital altamente segmentado. Milhões de empresas ao redor do mundo, desde gigantes multinacionais até pequenos comércios locais, passaram a depender das plataformas da Meta para divulgar produtos e atingir públicos específicos. O Facebook inaugurou novos modelos de negócio, como o da economia dos influenciadores digitais, em que criadores de conteúdo constroem carreiras produzindo material para engajar seguidores e promover marcas
Em termos de inovação e futuro da internet, a Meta se posiciona como protagonista. A decisão de apostar no metaverso indica uma visão ambiciosa de longo prazo, imaginando uma internet imersiva onde as interações ocorram em ambientes 3D virtuais. Esse movimento da Meta estimulou outras empresas de tecnologia a também voltarem seus esforços para realidade virtual e aumentada, para não ficarem atrás na possível “próxima evolução” da rede. Embora o metaverso ainda esteja em fase inicial e enfrente ceticismos (inclusive dentro da empresa, que em 2023 começou a dar mais ênfase à inteligência artificial diante da lenta adoção do metaverso), o fato é que a Meta colocou o tema em pauta no setor. A empresa investiu pesadamente em P&D de dispositivos de VR/AR, competindo por talentos com players tradicionais de hardware, e essa corrida tecnológica pode acelerar a chegada de novas plataformas computacionais nas próximas décadas.
A Meta também desempenha um papel central na discussão sobre governança da internet. Questões sobre moderação de conteúdo, liberdade de expressão online, privacidade de dados e até estrutura tributária de empresas digitais invariavelmente envolvem o nome da Meta. As decisões e políticas implementadas por ela frequentemente servem de referência (ou contraponto) para outras redes sociais. Por exemplo, quando o Facebook baniu permanentemente Donald Trump em janeiro de 2021 após os distúrbios no Capitólio, gerou um precedente que seria seguido por outras plataformas e acendeu debates éticos sobre o poder dessas corporações sobre o discurso público.
Por fim, a importância da Meta para o mercado fica evidente em seu valor de mercado e influência entre investidores. Mesmo após enfrentar crises de reputação e recentes quedas de ações, a Meta Platforms mantém uma capitalização bolsista que a coloca entre as empresas mais valiosas do mundo. Seu desempenho financeiro é visto como um termômetro da saúde do setor de tecnologia e do apetite por anúncios online. Quando a Meta sinaliza alguma mudança – seja no algoritmo do feed ou na política de privacidade do WhatsApp –, uma miríade de negócios e criadores de conteúdo ao redor do planeta se mobiliza para se adaptar. Poucas vezes na história uma única empresa concentrou tanta influência na vida digital de indivíduos e empresas. Assim, a trajetória da Meta reflete tanto as grandes oportunidades quanto os grandes desafios da era da informação em que vivemos: conectar o mundo e inovar, sem perder de vista a responsabilidade e a segurança nesse processo.
Referências
NALIN, Carolina. Facebook faz 20 anos: a história da rede, da primeira curtida ao metaverso. O Globo, 01 fev. 2024. Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2024/02/01/20-anos-de-facebook-a-historia-da-rede-da-primeira-curtida-ao-metaverso.ghtml. Acesso em: 15 mar. 2025.
OFFICE TIMELINE. Facebook History Timeline. OfficeTimeline.com, atualizado em 06 fev. 2024. Disponível em: https://www.officetimeline.com/blog/facebook-history-timeline. Acesso em: 14 mar. 2025.
WIKIPÉDIA. Meta Platforms. Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Meta_Platforms. Acesso em: 14 mar. 2025.
UOL TILT (RFI/AFP). EUA processam Facebook por monopólio na compra do WhatsApp e Instagram. UOL, 09 dez. 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/rfi/2020/12/09/eua-processam-facebook-por-monopolio-na-compra-do-whatsapp-e-instagram.htm. Acesso em: 15 mar. 2025.
R7 (Reuters). Facebook pagará multa de US$ 5 bi por violação de privacidade. Portal R7, 24 jul. 2019. Disponível em: https://noticias.r7.com/economia/facebook-pagara-multa-de-us5-bi-por-violacao-de-privacidade-24072019. Acesso em: 15 mar. 2025.
INVESTIDOR10. Número de vendas e produção do Facebook/Meta. Investidor10.com.br, 21 abr. 2022. Disponível em: https://investidor10.com.br/conteudo/numero-de-vendas-e-producao-do-facebook-meta-103667/. Acesso em: 14 mar. 2025.
CNN Brasil (AFP). Facebook muda nome para Meta. CNN Brasil, 28 out. 2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/facebook-muda-nome-para-meta/. Acesso em: 14 mar. 2025.
PLUS500. Facebook Hits $1 Trillion Market Cap for the First Time. Plus500 News, 29 jun. 2021. Disponível em: https://www.plus500.com/en-ee/newsandmarketinsights/facebook-hits-1-trillion-market-cap-for-the-first-time. Acesso em: 14 mar. 2025.
UOL Notícias (AFP). Meta recebe multa recorde de €1,2 bilhão por violar regras sobre dados na Europa. UOL, 22 maio 2023. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2023/05/22/meta-recebe-multa-recorde-de--12-bilhao-por-violar-regras-sobre-dados-na-europa.htm. Acesso em: 15 mar. 2025.
REUTERS (via World Economic Forum). Nearly a third of the globe is now on Facebook – chart of the day. WEForum.org, 05 ago. 2019. Disponível em: https://www.weforum.org/stories/2019/08/facebook-users-social-media-internet/. Acesso em: 15 mar. 2025.
Comentários
2021 a mudança para Meta Platforms, visando o metaverso.
Outro ponto importante foi a abertura de capital na bolsa para captação de recursos, investimento em marketing dentro da plataforma e o investimento em Realidade Virtual.
Os principais marcos da expansão e evolução do Facebook incluem:
- Fundação em 2004 por Mark Zuckerberg
- Expansão para outras universidades em 2005
- Introdução do News Feed em 2006
- Aquisições do Instagram (2012), WhatsApp (2014) e Oculus VR (2014)
- Renomeação para Meta Platforms em 2021
Expansão para outras universidades em 2005,introdução de New feed em 2006,aquisição do Instagram, WhatsApp, em seguida renomeado para meta plataforns
Seus principais marcos foram a expansão para qualquer pessoa com mais de 13 anos, o lançamento do feed de notícias, a introdução do botão curtir (Like) e, mais posteriormente, a compra do Instagram e do WhatsApp (duas grandes potências em seus devidos ramos).
Eu acredito que seja as diversas compras e modernidades que foram acontecendo ao logo do surgimento da empresa.
Quais foram os principais escândalos de segurança e privacidade que afetaram o Facebook/Meta e como a empresa respondeu a essas questões?
Foi em 2018, quando dados de mais de 50 milhões de usuários tiveram seus dados vendido sem consentimentos, dados foram coletados por meio de um aparentemente inofensivo teste de personalidade instalado por alguns milhares de usuários que, aproveitando brechas na API do Facebook, acabou capturando informações também dos amigos desses usuários.
- 2004-2006: Criação e Expansão Inicial: O Facebook foi criado em 2004 por Mark Zuckerberg e seus amigos enquanto estudavam em Harvard. Inicialmente, o site era apenas para estudantes de Harvard, mas logo se expandiu para outras universidades e, eventualmente, para o público em geral.
- 2007-2009: Introdução do Botão Curtir e Expansão Global: Em 2007, o Facebook introduziu o botão Curtir, que se tornou um dos recursos mais populares da plataforma. Durante esse período, o Facebook também se expandiu globalmente, alcançando 50 milhões de usuários em outubro de 2007.
- 2010-2012: IPO e Aquisições: Em 2012, o Facebook realizou sua oferta pública inicial (IPO) e adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão. Durante esse período, o Facebook também lançou o Messenger, um aplicativo de mensagens instantâneas .
- 2013-2015: Expansão em Novos Territórios: Em 2013, o Facebook adquiriu o WhatsApp e expandiu suas operações para novos territórios, incluindo a América do Norte e a Europa.
- 2016-2018: Controvérsias e Escândalos: Durante esse período, o Facebook enfrentou várias controvérsias e escândalos, incluindo a violação de dados de 87 milhões de usuários pela Cambridge Analytica.
- 2019-2021: Rebranding para Meta: Em 2021, o Facebook anunciou que estava mudando seu nome para Meta Platforms, Inc., ou simplesmente Meta. Essa mudança foi vista como uma tentativa de se afastar do nome ruim que o Facebook havia adquirido.
- 2022 e além: Demissões e Recuperação: Em 2022, a Meta anunciou demissões em massa de 11.000 funcionários, ou aproximadamente 13% de sua força de trabalho. Essa medida foi vista como uma tentativa de reduzir custos e recuperar seu valor de mercado.
Em 2006 a rede já permitia fazer cadastro com email válido e idade mínima.
Ainda em 2006 foi criada uma função chamada "feed de notícias (News Feed), conseguindo ver postagens de amigos sem precisar ficar entrando no perfil.
Em 2007 a empresa lançou uma plataforma para desenvolvedores, abrindo espaço para aplicativos e jogos de terceiros dentro da rede social.
Em 2008, após quatro anos, o sucesso foi tanto que superou o líder MySpace e se tornou a rede social mais acessada do planeta.
Em 2009 outra introdução, o famoso Curtir (like).
Em 2010, implementou a funcionalidade de Grupos, criando espaços comunitários que rapidamente seriam utilizados para fins.
Em 2011 o Facebook lançou o aplicativo Messenger para troca de mensagens em tempo real via smartphones.
Em 2012 o Facebook anunciou a compra do Instagram.
Em 2014 veio aquela que seria sua maior aquisição até então: o WhatsApp, serviço de mensagens que já contava com centenas de milhões de usuários globais.
Ainda em 2014 a empresa adquiriu a Oculus VR por cerca de US$ 2 bilhões, sinalizando sua entrada no promissor campo da realidade virtual.
No final do ano de 2021, a Facebook Inc. mudou seu nome corporativo para Meta Platforms Inc., ou simplesmente Meta.
no começo era para estudantes se comunicarem entre si mais com o passar do tempo a plataforma foi aberta para as demais pessoas e tendo novas funçoes e atualisações
Os principais marcos foram a criação do Facebook em 2004, sua transformação em uma plataforma global, a aquisição do Instagram e WhatsApp, a introdução de anúncios segmentados, a evolução para o Facebook/Instagram como ferramentas de negócios, e, finalmente, a mudança de nome para Meta em 2021, refletindo a aposta no metaverso e novas tecnologias.
No início de 2004, lançaram um site chamado TheFacebook.
Em 2005, o “TheFacebook” encurtou seu nome para apenas Facebook e abriu as portas para qualquer pessoa com mais de 13 anos.
Em 2006, a rede já permitia cadastro de qualquer pessoa com e-mail válido e idade mínima.
Em 2008, apenas quatro anos após seu lançamento, o Facebook superou o então líder MySpace e se tornou a rede social mais acessada do planeta, consolidando sua posição como a maior rede social do mundo.
2006, com o lançamento do Feed de Notícias (News Feed).
em 2007, a empresa lançou a plataforma para desenvolvedores.
Fevereiro de 2009, outra introdução aparentemente simples moldou a cultura das redes sociais: o botão “Curtir” (Like).
2010, o Facebook implementou a funcionalidade de Grupos.
Em 2011, o Facebook lançou o aplicativo Messenger para troca de mensagens em tempo real via smartphones.
Em abril de 2012, o Facebook anunciou a compra do Instagram.
Em 2014, veio aquela que seria sua maior aquisição até então: o WhatsApp.
Ainda em 2014, a empresa adquiriu a Oculus VR.
Em maio de 2012, o Facebook realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO).
Facebook Live para transmissões ao vivo de vídeo em 2015 e as reações em 2016.
No final de 2021, ocorreu uma das mudanças mais significativas na trajetória da empresa: a Facebook Inc. mudou seu nome corporativo para Meta Platforms Inc.
Lançamento do feed de notícias (News feed), linha do tempo unificada, curtir, grupos e o menssage
O caso cambridge analytica caso da consultoria britânica que teve acesso a informações pessoais, mudaram os seus termos de serviço e fizeram uma varredura de ponta a ponta no sistema.
R:há um emoji de alfinete vermelho no inicio da pergunta. a pergunta está escrita em letras brancas sobre um fundo preto.
R:o facebook implementou várias mudanças em suas políticas de privacidade, incluindo restrições sobre quais dados os aplicativos de terceiros podem acessar.
Os principais foram em 2006 com eventos patrocinados com contexto social e grupos patrocinados; em 2007 com anúncio, páginas de marca e botão “torne-se um fã”; em 2008 com anúncios de engajamento; em 2009 com a criação do botão de curtir e a segmentação: idioma, geografia e conexões; em 2011 com histórias patrocinadas; em 2012 com anúncios no feed de noticias, postagens de páginas não conectadas e públicos-alvo personalizado; em 2013 com categorias de parceiros; em 2014 com o Instagram e em 2015 com vídeo 360.
Criada por Mark Zuckerberg em 2004 começou com uma rede exclusivas para os estudantes de Harvard e em 2006 abriu ao público o crescimento da plataforma foi tão rápida que já em 2012 a plataforma comprou o Instagram e em 2014 WhatsApp
A mudança de nome para Meta Platform, com o foco no metaverso.
com sua implementação como uma rede de universitários, já se tornou um grande sucesso entre vários campus renomados, tendo em vista o sucesso alcançado, se transformou em uma rede para o público acima de 13 anos. com a aquisição do WhatsApp e do Instagram, e seu investimento em novas tecnologias, o Facebook se tornou o Meta Platforms, com uma visão tecnológica e a longo prazo da onda digital
-Harvard ter ''comprado a ideia'' e consequentemente outras instituições de elite aderirem o mesmo e em 2005 ter aberto a plataforma para qualquer pessoa a cima de 13 anos, assim expandindo ainda mais sua rede de usuários.
-Recebendo seu primeiro grande investimento, feito por Peter Thiel em meados de 2004.
-em 2009, uma nova ferramenta de engajamento foi aderida a plataforma, '' LIKE '', o botão curtir, a partir disso a aprovações passaram a ser onipresentes.
-2011 ter criado um novo método de comunicação instantânea através de mensagens usando o aplicativo messenger, com o tempo e oportunidades comprou o instagram e logo em seguida sua maior aquisição até o ano de 2014 que foi o whatsapp.
- oferta pública inicial de ações (IPO) em 2012 e outras ferramentas de interação como “amei”, “haha”, “uau”, “triste” ou “Grr”.
Foi criado uma linha do tempo unificada mostrando em ordem cronológica (e depois algorítmica) tudo o que os amigos postavam. Pouco depois, em 2007, a empresa lançou a plataforma para desenvolvedores, abrindo espaço para aplicativos e jogos de terceiros dentro da rede social – foi daí que surgiram fenômenos como o jogo FarmVille, integrando o Facebook à vida cotidiana de milhões de pessoas.Em fevereiro de 2009, outra introdução aparentemente simples moldou a cultura das redes sociais: o botão “Curtir” (Like).o Facebook implementou a funcionalidade de Grupos, , o Facebook lançou o aplicativo Messenger para troca de mensagens em tempo real via smartphones.
- Expansão para outras universidades em 2005
- Introdução do News Feed em 2006
- Aquisições do Instagram (2012), WhatsApp (2014) e Oculus VR (2014)
- Renomeação para Meta Platforms em 2021
A mudança de nome para Meta Platform, com o foco no metaverso.
2006-2009: Introduziu o Feed de Notícias (2006), permitindo atualizações dinâmicas, e a plataforma para desenvolvedores (2007), que popularizou aplicativos como o FarmVille. Em 2009, lançou o botão "Curtir", que se tornou um ícone da internet.
2012: Realizou sua oferta pública inicial (IPO) na Nasdaq, com valor de mercado de US$ 104 bilhões, e adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão.
2014: Expandiu sua influência com a compra do WhatsApp por US$ 19–22 bilhões e da Oculus VR por US$ 2 bilhões, sinalizando interesse na realidade virtual.
2016-2018: Introduziu novos recursos como Facebook Live (2015) e reações além do “Curtir” (2016). Enfrentou o escândalo de privacidade da Cambridge Analytica (2018), levando a investigações e mudanças na política de dados.
2021: Mudou seu nome para Meta Platforms, refletindo a aposta no metaverso, com investimentos em realidade virtual e aumentada.
O lançamento do feed de notícias, a introdução do botão Like e, mais posteriormente, a compra do Instagram e do WhatsApp